A Horta Comunitária Colina do Sol, na Zona Norte de Caxias do Sul, está sendo cercada para evitar a entrada de animais que , que podem pisotear e danificar os cultivos. No local, integrantes das cerca de 70 famílias cadastradas cultivam hortaliças, temperos, flores e ervas medicinais.
O trabalho está sendo executado pela equipe de apoio aos programas da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA). Os servidores já concretaram metade dos 160 palanques e se preparam para instalar 126 metros de telas de arame com dois metros de altura, material que foi doado por apoiadores da iniciativa. “Se o tempo colaborar, acreditamos que o serviço poderá ser concluído até o final de julho, ou mais tardar, no início de agosto”, afirma o diretor técnico da pasta, Fernando Vissirini Lahm dos Reis.
A área cercada terá 2.200 m², atendendo a um pedido da comunidade. “Naquele local há grande circulação de animais, especialmente cães e cavalos, que podem pisotear e danificar os cultivos”, explica a gerente de Segurança Alimentar e Nutricional, Luana Mugnaga. Ela acrescenta que os animais também representam risco de contaminação da horta, que agora ficará mais protegida.
Em dezembro de 2021, foi sancionada a lei que institui o Programa Municipal de Agricultura Urbana, possibilitando a ampliação da atividade nas hortas. Além da Horta Comunitária Colina do Sol, a SMAPA também coordena a Horta Comunitária do bairro Belo Horizonte.
As hortas ficam em terrenos onde não pode haver habitações, como sob torres da rede elétrica, caso da Zona Norte. “Esses terrenos, se não forem utilizados para algum programa que traga benefícios à comunidade, geram depósitos irregulares de lixo ou outros problemas sociais, como invasões”, argumenta o secretário Rudimar Menegotto. Segundo ele, a intenção da pasta é intensificar a produção nas hortas comunitárias e incentivar mais moradores a se integrar.
A primeira Horta Comunitária foi criada em 2006, na área sob as torres da Eletrosul, entre os bairros Colina do Sol e Vila Ipê. As famílias plantam para consumo próprio e podem comercializar o excedente para complementar a renda. O espaço tem seis quadras de extensão, numa área de 4,73 hectares com potencial para o cultivo agrícola orgânico, sem uso de produtos químicos. Os participantes do programa são moradores dos bairros próximos.