O Dia Nacional da Agroecologia, comemorado anualmente no dia 3 de outubro, foi instituído pela Lei Federal nº 13.565, sancionada em dezembro de 2017. Em parceria com os estados, municípios e entidades, o governo deve promover campanhas para esclarecimento da população sobre o tema.
Em Farroupilha, o Vereador Juliano Baumgarten, propôs a instituição do “Dia Municipal da Agroecologia”, em consonância com o disposto na Lei Federal.
A agroecologia se contrapõe ao abuso de insumos industriais. Trata-se de uma ciência que busca o entendimento dos agrossistemas complexos, tendo como princípio a conservação e a ampliação da biodiversidade para produzir autorregulação e sustentabilidade. Desse modo, busca-se diminuir a artificialização do ambiente natural por meio da agricultura.
Juliano explica que a modernização da agricultura privilegiou o aumento da produtividade agrícola como parâmetro para avaliar sua eficiência, muitas vezes, desconsiderando o agricultor e o ambiente como partes do mesmo processo de desenvolvimento. Como contraponto, surgiram movimentos de agricultura alternativos, baseados em princípios agroecológicos e caracterizados por diferentes correntes de pensamento, mas que têm em comum o objetivo da produção limpa de alimentos saudáveis e naturais.
Para o vereador a agroecologia não existe isoladamente, mas é uma ciência integradora que agrega conhecimentos de outras ciências, além de agregar também saberes populares e tradicionais provenientes das experiências de agricultores familiares de comunidades indígenas e camponesas.
Portanto, a base de conhecimento da agroecologia se constitui mediante a sistematização e consolidação de saberes e práticas, convertendo os conhecimentos empíricos tradicionais em conhecimentos com bases e metodologias científicas, visando a socio diversidade e a agricultura ambientalmente sustentável, economicamente eficiente e socialmente justa.
Em sua justificativa para o projeto Juliano Baumgarten, destaca que em relação à produção agroecológica, o município apresenta uma produção reduzida, porém com grande potencial. Há diversos fatores que limitam sua evolução, como a falta de conhecimento técnico tanto dos produtores como dos consumidores, falta de políticas públicas mais eficientes para o setor, alta exigência formal para acesso a políticas públicas para o setor, entre outros fatores, que devem ser melhor estudados para que a produção agroecológica venha a ser uma forte tendência no município.
Ele lembra que a Câmara de Vereadores, no dia 25 de julho, outorgou o título de Agricultor Destaque ao agricultor Pedro Lovatto, referência na produção agroecológica do Município. “Então mais uma vez se faz necessário fomentar práticas sustentáveis e ações que venham a desenvolver os mais diversos segmentos da nossa cidade. Sendo assim a instituição do dia virá a ser mais uma ferramenta em prol da agroecologia. Tais práticas da agroecologia são um exemplo de sucesso que foi referendado pelos nobres colegas durante a sessão que compreendem a importância desta temática como um exemplo a ser difundido e fomentado através de políticas públicas” finalizou dizendo Juliano.