Um dos principais desafios de todas as unidades de saneamento do país é a redução da perda de água no caminho percorrido da estação de tratamento até as casas dos usuários. Para melhorar esse índice e contribuir com o meio ambiente, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul investiu em uma série de ações, como a substituição e a implantação de redes, a troca de hidrômetros e uma equipe noturna que percorre a cidade em busca de vazamentos. Com isso, em 2022, foi possível economizar aproximadamente R$ 7,3 milhões com a redução das perdas.
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Basicamente, as perdas de água nos sistemas de abastecimento correspondem à diferença entre o volume total de água produzido nas estações de tratamento e a soma dos consumos medidos nos hidrômetros instalados nos imóveis dos usuários. A média do volume de perda anual da autarquia vem em decrescente: 49,9% em 2020 e 48,40% em 2021. Em 2022, baixou para 46,64%, com a média do último trimestre em 43,92%.
Conforme o diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti, o combate às perdas de água demanda um esforço permanente pois, com o passar do tempo, a infraestrutura envelhece, surgem novos vazamentos, os hidrômetros perdem precisão e as irregularidades aumentam. “Para reduzir as perdas é necessário aumentar a aplicação de recursos como fizemos, por exemplo, com a implantação da adutora São Virgílio-Altos de Galópolis e a substituição de 18 mil hidrômetros ao longo de 2022, mas, principalmente, com o geofonamento noturno, que tem sido um grande aliado para os cofres públicos”, observou.
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No ano passado, em 193 km de redes percorridos foram identificados 255 vazamentos localizados e realizados 344 reparos. “São números muito expressivos. Por meio desse trabalho, foi economizado mais de 1,2 milhão de m³ de água ao longo do ano, o que corresponde, em valores, a R$ 7,3 milhões”, destaca Meletti.
Em 2022, a superintendência comercial substituiu 18.436 hidrômetros que já estavam com mais de cinco anos de uso e apresentavam falhas na marcação do consumo.
Meletti projeta que nos próximos anos, dando sequência às ações e acrescentando outras, será possível chegar a uma média ainda menor de perdas. “Ainda é um percentual elevado, mas, comparado com outras cidades brasileiras e, até mesmo com outros anos do Samae, estamos melhorando. A meta é diminuir a cada mês, buscando produzir conforme a necessidade de consumo”, anunciou.