Serviço mantido pelo governo do Estado entre dezembro de 2020 e fevereiro deste ano, a Casa Santa Dulce, para acolhimento de pessoas em situação de rua e desabrigo, é agora mantido com recursos próprios da Prefeitura de Caxias do Sul, através da parceria entre a Fundação de Assistência Social (FAS) e a Associação Mão Amiga.
A formalização se deu por meio da assinatura de termo de fomento da FAS com a entidade para administração do espaço até o final do ano, com investimento de R$ 218 mil, o que garantirá atendimento a 40 pessoas simultaneamente. De fevereiro até julho, a casa foi mantida com apoio do Instituto Elisabetha Randon, braço de assistência social das Empresas Randon.
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Ao assinalar que uma das primeiras ações da entidade foi reorganizar o espaço, o presidente do Projeto Mão Amiga, frei Jaime Bettega, reiterou que o local não é de permanência definitiva, mas transitório para que as pessoas recuperem a dignidade de ter um lar. Citou a importância do apoio, desde março, da família Randon para a continuidade da prestação do serviço. “A rua nunca será o endereço de ninguém, é sempre passageira”, reforçou.
A coordenadora da casa, Adriana Debastiani, lembrou o início das atividades, em dezembro de 2020, com atendimento a quatro pessoas. Mas também momentos em que foi preciso encontrar espaço para 60 pessoas, ainda que a capacidade fosse para somente 40. Adriana indicou que desde o início dos serviços mais de 2 mil pessoas receberam acolhimento.
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Com a retomada do serviço, a coordenadora expôs novo desafio: ampliar a casa para garantir o acolhimento de 100 pessoas por meio da construção de área adicional à atual, localizada no Bairro Cidade Nova.
O prefeito Adiló Didomenico comentou o momento atual de dificuldades financeiras da Administração, mas principalmente do acirramento do ódio e das desavenças por meio de manifestações nas redes sociais. “Esta parceria que firmamos é um bálsamo diante desta realidade. Muitos tropeçam diante das dificuldades e precisam de ajuda para se reerguerem. Aqui, estas pessoas encontram este apoio”, assinalou.
Também reforçou a importância de oportunizar empregos para as pessoas acolhidas, oferecendo treinamento e encaminhando para empresas.
A FAS ainda custeia as casas de passagem Carlos Miguel, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, e São Francisco de Assis, no Cinquentenário, totalizando 120 vagas. Com os recursos destinados à Casa Santa Dulce até o final do ano, os valores investidos em espaços de acolhimento a pessoas em situação de rua deverá chegar a R$ 2,5 milhões neste exercício.