Hospitais das redes pública e privada de Caxias do Sul, que também servem de referência para público de outros 48 municípios, contam agora com uma iniciativa que pretende multiplicar muitas vezes o número de braços estendidos aos bebês e crianças internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica das instituições.
A Associação Polvo Amigo surge com a missão de formar voluntários que desejam confeccionar polvinhos feitos de crochê para doar aos pequenos em internação. O brinquedo tem propriedades terapêuticas: serve para relaxar, transmitir segurança e aconchego – principalmente aos bebês, que brincam com os tentáculos do bichinho, remetendo ao que costumavam fazer com cordão umbilical, no útero da mãe – e contribui muito para o conforto e a recuperação dos pimpolhos.
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O trabalho foi apresentado para a vice-prefeita Paula Ioris e para a presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Geórgia Ramos Tomasi, pelo presidente da associação, padre Elton Marcelo Bussolotto Aristides.
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O site da entidade https://www.polvoamigo.com.br disponibiliza todas as informações relativas ao projeto, datas e inscrições para os próximos cursos, números do volume de material já recebido e encaminhado para doação, a receita para aprender a produzir os polvinhos no padrão adequado, os hospitais atendidos e os dados para contribuição (que pode ser feita, por exemplo, via PIX ou QR Code).
Os cursos são gratuitos e as vagas são limitadas. As inscrições podem ser feitas diretamente pelo site. As atividades ocorrem no salão da paróquia Sagrada Família. Outro projeto conduzido pela Associação Polvo Amigo é a confecção de enxovais para doação aos recém-nascidos nos hospitais da rede pública.
“Além do tamanho padrão, que é o mais adequado para o manuseio pelos bebês, o maior cuidado é com a matéria-prima para a confecção dos polvinhos. Só usamos fios 100% algodão e uma fibra siliconada hipoalergênica, que também é compatível com os processos de esterilização. Todos os brinquedos passam por esterilização antes de serem entregues às crianças”, alerta o presidente da associação, padre Elton Marcelo Bussolotto Aristides.
Desde julho, quando a organização foi constituída, já foram doados 80 polvos e formados 85 voluntários (de um mês para outro, o número de doações triplicou e o de voluntários, quase dobrou). Em julho foram recebidos ainda 70 polvos, 4 quilos de fibra siliconada anti-alérgica e 30 rolos de fio 100% algodão. Em agosto, chegaram ainda 149 polvos. As doações são organizadas conforme a demanda, para que tenham direcionamento personalizado e não haja desperdício ou exposição dos brinquedos à contaminações.
“O mais importante é que toda ideia é embasada por estudos e já utilizada com sucesso em muitos países. Quem já teve a experiência do convívio diário em hospital sabe o quanto cada um destes gestos fazem a diferença, ainda mais para as crianças. E quando uma criança se recupera, fica mais confortável, a família melhora junto. Com certeza, é uma iniciativa que merece todo apoio e mobilização da comunidade”, assinala a vice-prefeita Paula Ioris.
Atualmente, os brinquedos e enxovais da Associação Polvo Amigo chegam aos hospitais Geral, do Círculo e da Unimed.