A esquina entre as ruas Independência e Marechal Floriano Peixoto, no Centro de
Farroupilha, está diferente nos últimos tempos. Mais colorida, mais instigante, mais…
Artística, enfim, se for para definir em uma única palavra.
O motivo é a realização, no local, de ‘intervenção’ com obras impressas em papel e
coladas nos tapumes em frente ao histórico prédio do Moinho Covolan, em fase de projeto para restauração pelo poder público municipal.
A mostra reúne 16 painéis e 02 grafites (pinturas com spray) de 05 artistas: Angel Alaska, Ezequiel Pereira Veiga, Marcelo Covolan, Michel Gaffree e Pedro Emiliano Cappellari Bin. A temática é plural: os trabalhos passeiam desde a cultura ‘Black Power’/antirracista até a ‘arte de periferia’ e o anticapacitismo (a luta contra o discurso que menospreza o potencial das Pessoas com Deficiência (PcD)), passando, evidentemente, pelo ‘mero’ lirismo.
“A ênfase da exposição é destacar o patrimônio cultural; igualmente, queremos sensibilizar sobretudo as pessoas que se deslocam pelo Centro e utilizam as paradas de ônibus próximas ao Moinho, proporcionando um convívio com a arte sem, necessariamente, entrar em uma galeria”, diz o coordenador da intervenção, arquiteto e designer Marcelo Covolan.
Ele observa que também integra o projeto a realização de duas palestras na perspectiva
‘anticapacitista’. Elas serão ministradas por representante da Associação Municipal de
Deficientes Físicos de Farroupilha (Amdef) em escolas do município, ainda no primeiro
semestre.
A intervenção foi feita com recursos captados por meio da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal.