A Prefeitura de Caxias do Sul deflagrou nesta segunda-feira (26/02) uma força-tarefa para abordar pessoas em situação de rua. A ideia é reforçar o encaminhamento aos serviços de acolhimento e de saúde já ofertados pelo município. Além de assegurar tratamento digno a quem enfrenta necessidades, o trabalho foca na segurança da população, por meio da identificação de pessoas em débito com a Justiça.
A medida foi tomada após o assassinato de José Monteiro da Silveira, de 34 anos, morto a golpes de faca por uma morador de rua no início da madrugada do último domingo (25), no bairro Rio Branco, em Caxias do Sul. A vítima havia saído de casa por volta das 23h30min para passear com o cachorro quando foi atacado. O suspeito do crime foi preso e já tinha contra si outras três passagens por homicídio, além de outros crimes.
“Somos uma administração humana. Vamos auxiliar quem verdadeiramente necessita e quer ser ajudado, mas precisamos de medidas enérgicas para separar o joio do trigo“, afirma o prefeito Adiló Didomenico. “Temos 120 vagas em casas de passagem e realizamos cerca 500 atendimentos mensais no Centro Pop Rua, com oferta de banho e alimento. Oferecemos cursos de capacitação e ajudamos no encaminhamento ao mercado de trabalho. Para uma cidade do porte de Caxias, fizemos muito por essa população. A assistência social é uma responsabilidade que deveria ser compartilhada com o Estado e União, no entanto, bancamos 94% desse custo”, sustenta o prefeito.
A abordagem é feita de forma conjunta por equipes da Fundação de Assistência Social (FAS), Secretaria Municipal da Saúde, Guarda Municipal e Codeca. Além dos serviços de atendimento na cidade, para pessoas que manifestarem o desejo de regressar aos locais de origem, o município oferece a passagem.
De acordo com a FAS, Caxias tem hoje cerca de 750 pessoas em situação de rua cadastradas e políticas públicas que atendem com alimentos, hospedagem, acompanhamento e passagens pagas pelo município caso o morador queira voltar para sua cidade de origem.
A Prefeitura também orienta a população a auxiliar as pessoas em situação de rua por meio dos serviços ofertados pelo município, para evitar que a caridade, feita com a melhor das intenções, se transforme em um atrativo para manter pessoas na rua, sem condições dignas de sobrevivência.