Apesar do trabalho intenso da Secretaria Municipal da Saúde para controlar focos do mosquito da dengue, foi confirmado na sexta-feira (09/02) o segundo caso de dengue autóctone (contraído no município) em 2024. Também já foram confirmados oito casos de dengue importada no ano (quando o paciente viaja e retorna doente). Os dados significam que há circulação da doença no Município, o que reforça a necessidade de combater o vetor, que é o Aedes aegypti. Para se ter uma ideia, no mês de janeiro a Vigilância Ambiental em Saúde realizou mais visitas domiciliares para controle da dengue do que a média do ano passado: foram 13.446 em janeiro, enquanto a média mensal em 2023 foi de 11.170 visitas.
A cada caso suspeito ou confirmado de dengue (autóctone ou importada) a Vigilância Ambiental em Saúde realiza trabalho específico com aplicação de inseticida aerosol, que age para matar o mosquito adulto. Ainda nesta sexta-feira, esse trabalho será realizado em partes dos bairros Jardim América e Sagrada Família. Antes da aplicação, os agentes de combate às endemias realizam visitas a residências, indústrias, terrenos baldios, obras, ou seja, qualquer estabelecimento onde possam ser encontradas larvas do mosquito em água parada, em busca de larvas e pupas de mosquitos. A equipe identifica e elimina criadouros do mosquito e, posteriormente, realiza a aplicação do inseticida na região.
A secretária municipal da Saúde, Daniele Meneguzzi, lembra que o trabalho de combate à dengue tem ocorrido durante todo o ano, mas que está reforçado em função do aumento de casos da doença e de focos do mosquito – até o momento foram identificados e eliminados 102 focos, sejam com pontos com larvas, pupas ou com o mosquito adulto.
“Embora se fale mais de dengue no verão, esse combate nunca para. E esse trabalho contra o mosquito não consegue ser realizado somente por nós, precisa ser coletivo. Por isso é que insistimos, mais uma vez, que a população reserve 10 minutos por semana para observar a sua casa, o seu pátio, e ver onde tem água parada. Se cada um fizer um pouquinho, nós conseguiremos contornar essa situação e evitar que mais pessoas sejam contaminadas”, lembra a secretária.
Para as próximas semanas, a Vigilância Ambiental em Saúde deve contar com a parceria da Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social, por meio da Guarda Municipal, para utilizar drones para observar áreas com grandes pontos com água parada, como caixas d’água, piscinas não utilizadas e outros. No entanto, a Secretaria da Saúde alerta que a reprodução do mosquito transmissor da dengue ocorre em qualquer local com água parada e limpa, como pequenos objetos, lixo com água acumulada e até tampas de garrafa com pequena quantia de água.
Veja abaixo as principais formas de combate:
- Não deixar lixo espalhado, em local próprio ou via pública, que possa acumular água.
- Pneus em desuso ou inservíveis precisam ser mantidos em locais secos.
- Armazenamentos temporários de água não podem ficar expostos.
- Caixas d ‘água precisam ficar fechadas.
- Piscinas precisam ser protegidas quando não usadas.
- Potes com plantas precisam ficar secos ou preenchidos com areia e serem lavados semanalmente.