A Fundação de Assistência Social (FAS), órgão assistencial da Prefeitura de Caxias do Sul, abriu a terceira casa dedicada ao acolhimento da população de 18 a 59 anos com necessidades especiais egressas de abrigos ou inseridas no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em Caxias do Sul.
A residência inclusiva Carlo Acutis – cujo nome rende homenagem a um jovem beato da Igreja Católica com devoção divulgada pelo bispo emérito de Caxias do Sul, Dom Alessandro Ruffinoni, presente ao evento, assim como Frei Jaime Bettega – atende também residentes sob medida sócio-protetiva. A designação é feita pelo Judiciário ou pela própria FAS. Os acolhidos permanecem na moradia por tempo indefinido e sob acompanhamento de equipes técnicas formadas por profissionais de psicologia, assistência social e terapia ocupacional.
De 16 vagas disponíveis em residência inclusiva no início da atual gestão, em 2021, o Município vai agora para 30, totalizadas com a nova casa.
Nos espaços administrados pela Prefeitura em parceria com organizações sociais, como neste caso, a Fundação Mão Amiga, os residentes recebem, além da moradia, pensão alimentar completa, acompanhamento especializado e oportunidades de trabalho. Mais do que tudo, é o ponto onde a dignidade e a autonomia se encontram com as condições de acesso.
“Muitos dos residentes que estão aqui hoje, vi crescer, ao longo do tempo, em nossos abrigos. Isso mostra que estamos todos, de um jeito ou de outro, conectados. Esta é mais uma entrega que não estava inicialmente planejada. A ideia era investir na prevenção. Mas, se fez necessário, então, investimos. Assim como investimos na Alta Complexidade para crianças e idosos”, revelou a presidente da FAS, Katiane Boschetti da Silveira.
Um alerta especial veio do chefe do Executivo, lembrando que o gesto da esmola, embora motivado pelo altruísmo, termina por dificultar o atendimento das equipes da FAS à população de rua da cidade. Uma consequência – paradoxal – do espírito acolhedor e solidário de Caxias do Sul.
“Até pedimos ajuda das pessoas para trocar a esmola por apoio aos abrigos e casas de acolhimento, que tanto precisam. Ninguém merece estar lutando pela sobrevivência na rua, dia após dia. Os abrigos oferecem cama, comida e banho quente. Isso é dignidade. Que o espírito fraterno do caxiense possa nos ajudar a promover a inclusão”, concluiu o prefeito Adiló Didomenico.