O produtor rural Celito Contini, recebeu da Câmara de Vereadores de Farroupilha o Certificado Agricultor Destaque 2022. Seu nome foi indicado pelo Conselho Municipal de Agricultura em razão da expansão e qualidade frutífera da propriedade localizada em Linha Jacinto.
Contini trabalha na terra desde os 12 anos de idade produzindo pêssegos e uvas. Em 1989, após viagem ao Chile, o agricultor conheceu a cultura do kiwi vindo a implantá-la em Farroupilha. Com uma biodiversidade rural, Contini produz atualmente uvas para cantinas, pêssegos e kiwis, com entregas principalmente no Estado de São Paulo e região central do país.
A produção chega a 40 toneladas de kiwi anualmente, fomentando a fruta nacional para todo país.
No início do mês de julho, durante a realização da Fenakiwi, Farroupilha realizou o 6º Seminário Nacional do Kiwizeiro, onde foram discutidas ações e alternativas para a produção do kiwi. Há alguns anos, a produção vem sendo retomada e dados do Escritório Municipal da Emater de Farroupilha apontam que hoje o município possui aproximadamente 60 hectares de área plantada de kiwi, produzindo uma média de 25 toneladas por hectare (safra de 2021) e cerca de 50 famílias envolvidas na produção.
Para a retomada foi necessário investir em pesquisa e tecnologia para o desenvolvimento de mudas sadias. “Em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, buscamos plantas de kiwi resistentes ao fungo, Ceratocystis Fimbriata, que devastou pomares inteiros, pois esta solução estava sendo estudada a pedido da Nova Zelândia, um dos maiores produtores do mundo”, explica o presidente da Fenakiwi, engenheiro agrônomo e empresário, Gervásio Silvestrin.
As plantas resistentes ao fungo são porta‐enxertos que serão enxertados e protegerão as plantas quando a doença estiver no solo. Outra medida são as práticas corretas de plantio e manejo, evitando que o fungo se propague, além de fungicidas apropriados.
Atualmente 80% do kiwi consumido no Brasil é importado e os principais fornecedores são o Chile, Itália e Nova Zelândia. Diante disso, o mercado interno brasileiro está favorável para ser conquistado. Silvestrin afirma que o incremento na produção exige do agricultor investimento alto na estrutura para o plantio, irrigação, cobertura de tela para a proteção do vento e de granizo, porém, este custo é compensado pelas vantagens de ser uma cultura menos exigente e com preço de venda atrativo aos produtores.